‘Está conduzindo essa história do futebol muito mal’, diz Marcio Braga sobre Landim

Marcio Braga, aos 87 anos (completa 88 dia 14/04), voltou a falar publicamente sobre a sua maior paixão: o Flamengo. Um dos maiores presidentes da história do clube carioca, ele falou, em entrevista ao “Ge”, sobre temas do passado e do presente rubro-negro. Entre eles, o mandato de Rodolfo Landim, que se encerra no fim deste ano.

Para Marcio Braga, o atual mandatário do Flamengo não está sabendo conduzir o futebol rubro-negro. Além disso, explicou que tem dúvida sobre a eleição de um possível nome da situação se eleger.

“Ele não é má pessoa. É um bom rubro-negro, mas está conduzindo essa história do futebol muito mal. A forma de ele conduzir o Flamengo não me parece condizente com o momento exitoso que vive o Flamengo. Do lado da economia ele vai bem, mas no lado da política – interna e externa – ele deixa a desejar. Eu tenho muitas dúvidas se ele ganha a eleição, se quem está na situação ganha. Landim está se unindo com o submundo do Flamengo para se manter no poder e ter voto”, disse Marcio Braga.

Sempre que se refere ao Flamengo, Marcio Braga cita palavras como amor e paixão. Após falar sobre as dificuldades que enfrentou durante os seus mandatos, o ex-presidente voltou a se declarar.

“Dificuldade eu tive todas. Não tinha dinheiro, não tinha um tostão. E nem por isso deixamos de ser campeões. Porque sempre tratamos com os profissionais. Esta é a solução: entregar para os profissionais. Eu nunca tive problemas na administração do futebol. Porque eu não entendo de futebol. Todos os presidentes que tiveram dificuldade é porque são metidos a entender de futebol. E não entendem. Futebol é para quem é profissional do futebol. Tem muitos candidatos, tem muita gente boa desta vez. Acho que a situação não consegue vencer.”, pontuou.

“Amar. Mais do que entender. Entender ninguém vai entender aquilo direito. Mas amar intensamente é uma boa resposta para a sua pergunta. Entender é complicado. Eu não me arrependo de nada no Flamengo’, completou.

“Nós fizemos um contrato com o Coutinho. Fizemos o primeiro contrato de trabalho com o Zico. Aliás, tínhamos uma base maravilhosa. Andrade, Adílio, Leandro, Zico. Trouxemos o Nunes, que era cria do Flamengo. E mais um ou dois sugeridos pelo Coutinho: o Carpegiani e o Cláudio Adão, que eu fui comprar do Santos. O Raul, eu fui comprar o passe dele lá em Belo Horizonte, do Cruzeiro, em dez prestações. Que atletas, eu até me emociono. Assim, formamos um time que foi campeão, bicampeão, tricampeão, campeão do Brasil, campeão da América, campeão do mundo. Foi isso. Fomos nós que fizemos isso aí, essa revolução.”

“No fundo, no fundo, não era má pessoa. Não era um Nabi Abi Chedid. Ele viveu a vida inteira dessa briga com o Flamengo. Era inteligente, se elegeu deputado duas vezes graças à briga com o Flamengo. Além disso, jogava com o poder, se juntava com o presidente da Federação, tudo para ficar contra o Flamengo. Tudo que o Eurico desejava era destruir o Flamengo, e fizeram essa dupla aí.”

“Não vejo ele nesse nível todo, não. De qualquer maneira, é excelente técnico. Além disso, me parece que está indo muito bem no Flamengo. Agora o Jorge Jesus é um fenômeno. Ele era realmente uma pessoa muito especial. Ele se preocupava com a grama do Flamengo. Aliás, chegava na concentração às 7 da manhã, discutia a torneira que estava quebrada. Ele realmente foi excepcional. Eu gostaria de tê-lo de volta. Gostaria muito.”

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