Greta Thunberg é escolhida a personalidade do ano pela revista ‘Time’
Ativista sueca, de 16 anos, se tornou um símbolo do ativismo ambiental por mudanças nas políticas climáticas
A ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, foi escolhida a personalidade do ano pela revista “Time”. O título é concedido anualmente a pessoas que, por diferentes razões, se destacaram por suas atividades.
Greta, chamada na última terça-feira de “pirralha” pelo presidente Jair Bolsonaro, tornou-se internacionalmente conhecida pelas mobilizações no seu país natal que inspiraram jovens de todo o mundo a cobrar ações concretas de governos contra as mudanças climáticas.
A ativista reagiu à notícia em uma publicação no Twitter: “Wow, isso é inacreditável! Divido essa grande honra com todos do movimento #FridaysForFuture e ativistas climáticos de todos os cantos”, escreveu.
A “Time” destacou na capa da sua próxima edição, junto à nomeação da jovem de 16 anos, o “poder da juventude”.
Greta está em Madri, onde acompanha a COP-25. A jovem, na última sexta-feira, foi a principal estrela de uma manifestação de 500 mil pessoas pelas ruas da capital espanhola.
Desde que chegou à conferência, fez duras críticas ao assassinato de indígenas ao redor do planeta, incluindo o Brasil, o que irritou Bolsonaro.
A fama de Greta começou a partir de protestos solitários que realizava diante do parlamento da Suécia, em Estocolmo, que levaram a greves escolares que se galvanizaram ao redor do globo.
Como a própria “Time” destacou na justificativa pela escolha, o perfil da jovem se assemelha aos dos filhos de pais de “todos os cantos do mundo”: uma adolescente “indignada com explosões repentinas de rebeldia”.
“É o começo de uma extinção em massa e tudo o que vocês fazem é falar de dinheiro e contos de fada sobre um eterno crescimento econômico. Como se atrevem?”
No período de um ano, pontua a publicação americana, a mobilização da jovem em Estocolmo engatilhou um movimento jovem mundial e a levou para encontros com o secretário-geral das Nações Unidas e encontros com chefes de Estado e de governo e com o próprio Papa Francisco. As palavras de ordem originais, “Koklstrejk för Klimatet” (“greve escolar pelo clima”, em português) ultrapassaram barreiras e inspiraram marchas e protestos nas ruas de cidades de mais de 150 países.
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Mudança geracional
“Mudanças significativas raramente acontecem sem a força disseminada por indivíduos influentes, e, em 2019, a crise existencial vivida pela Terra encontrou esse pilar em Greta Thunberg”, justificou a revista, citando os protestos “Sexta-feira pelo Futuro”, que eclodiram na Europa; as marchas pelo clima que, em setembro, reuniram sete milhões de grevistas climáticos pelo mundo e o duro discurso feito pela jovem na Cúpula do Clima, nas Nações Unidas, conhecido pela frase “como se atrevem?”, direcionada aos líderes mundiais.
Para a “TIME”, Greta, portadora da síndrome de Asperger, um dos transtornos do espectro do autismo, se transformou na “maior voz do maior desafio enfrentado pelo planeta, e o símbolo de uma mudança geracional na cultura ainda mais ampla, refletida em todos os lugares, dos campi universitários de Hong Kong às câmaras do Congresso dos Estados Unidos”.
Citando a brasileira Isabella Prata, mãe de dois grevistas climáticos de São Paulo, “Greta é a imagem dessa geração”.
Em Madri, a jovem sueca tem defendido incisivamente, junto de outras lideranças juvenis, que os países signatários do Acordo de Paris assumam suas responsabilidades diante das metas firmadas pelo tratado em 2015 a partir do próximo ano.
Nesta manhã, na COP-25, Greta acusou chefes de Estado de não agirem na intensidade necessária para contornar a crise climática, já sentida por vários países do mundo.
No passado, ela também atraiu a irritação de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante a Cúpula do Clima organizada pela ONU na sede da entidade, em Nova York. Na ocasião, o presidente americano fez referências irônicas à adolescente.
“Ela parece uma menina muito feliz, olhando para um futuro brilhante e maravilhoso. Que lindo de ver!”, escreveu Trump no Twitter, ao replicar um vídeo do discurso de Greta na Cúpula.
O nome da ativista sueca chegou a liderar as principais bolsas de aposta para o prêmio Nobel da Paz deste ano. Embora a lista de indicados seja mantida em sigilo por décadas, fontes ligadas à Academia Nobel à época deram como certo que Greta estava entre os nomes cogitados. O escolhido, no entanto, foi o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, pelo acordo de paz costurado com a Eritreia.
Em 2018, a “Time” indicou o jornalista saudita Jamal Khashoggi, opositor político do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman e assassinado no interior da embaixada da Arábia Saudita na Turquia em 2018, junto de um grupo de jornalistas pelo esforço na busca pela verdade, a despeito de um ambiente de violência contra repórteres e ameaças à liberdade de expressão. Na ocasião, o Brasil foi um dos países citados pela publicação como um ambiente hostil ao exercício do jornalismo.
Fonte: O Globo